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Elisabeth Bergeron (1851-1936)

Elisabeth, estará ela um dia na lista dos santos?
A canonização não aumentará em nada a santidade de Elisabeth; mas permitirá tornar público o culto que já lhe é prestado. Em Roma, a causa transpõe a primeira etapa em direção à canonização, aquela da venerabilidade, reconhecida em 1996.
Esperando os milagres necessários, a Igreja estuda sua maneira de encarar o Evangelho, a fim de nos propô-la como modelo para que nós imitemos seus atos e gestos.


Fisionomia espiritual de Elisabeth
Já em vida, Elizabeth tinha a reputação de ser uma santa. Imaginem que, um dia, as crianças se apresentam à porta para pedir uma relíquia da fundadora! Como é ela que responde com senso de humor, ela se diverte muito. Por que pensam vocês que os bispos lhe pedem opinião? Certamente, não é por causa de seus graus universitários. Sua fonte está em Deus e na sua maneira de amar e de servir de todo coração a todos os pequenos e desprovidos de seu tempo.

“Uma Santa acaba de morrer” (1936)
A notícia de sua morte se espalha na cidade. Uma palavra sai de todas as bocas: “Acabamos de perder uma Santa!”. Durante três dias, grandes e pequenos desfilam perto dos restos mortais. Cada visitante tenta cortar suas vestes para ter uma relíquia. Perto do caixão, uma mãe se joga com sua criança cega de dois anos. Quando ela volta, no dia seguinte, o pequeno estende a mão sobre a cruz que a defunta traz no pescoço. “Milagre!”, exclama a mãe, “Ele vê a cruz!”.

Em 2 de maio de 1936, os funerais são uma verdadeira apoteose à humilde fundadora. Ela tem o direito a um cortejo de rainha!



Elisabeth sempre presente
Em 1936, a obra de Elisabeth está em pleno progresso: 534 religiosas presentes em 48 casas de ensino. Suas filhas espirituais seguem seus traços. Os anos passam.
A renomada santidade sempre crescente de Madre São José (Elisabeth Bergeron) incita as religiosas a fazer buscas para que sua causa seja introduzida em Roma. O bispo de São Jacinto, Monsenhor Albert Sanschagrin, OMI, obtém de Roma esta permissão para iniciar o processo em vista de uma eventual canonização:

- Pela exumação dos restos mortais
Em 19 de outubro de 1968, o corpo de Elisabeth Bergeron é exumado na presença de autoridades religiosas e civis concernentes. Seus restos mortais são conduzidos à Casa Mãe de sua comunidade e depositados num túmulo lacrado.

- Pelo estudo da vida e das virtudes de Elisabeth Bergeron (1968-1975)
No Canadá: Abertura da causa (processo), ordinariamente realizado em Roma, é acompanhado, no seio da comunidade, pelo bispo da diocese, Monsenhor Sanschagrin.
- Consulta perto das testemunhas oculares
- Compilação do documento encaminhado à Roma
- Envio a Roma dos escritos ditados pela fundadora à sua secretária

- Pela apresentação e aprovação do dossiê sobre a vida e as virtudes de Elisabeth
Esse dossiê chamado “Positio” redigido em São Jacinto pela Irmã Jeannine Couture, SJSH, foi enviado em 1989 ao Padre Yvon Beaudoin , OMI, que levou a causa à Roma. Esse último substitui o Padre Ângelo Mitri, postulador falecido.
Em 7 de julho de 1995, Roma aprova o “Positio”. Os consultores colocam em evidência a humildade, o sentido de Igreja e a submissão à vontade de Deus de Elizabeth Bergeron.


Elisabeth Bergeron declarada venerável em 12 de janeiro de 1996
A promulgação do decreto sobre a heroicidade das virtudes pelo Papa João Paulo II foi na Praça de São Pedro em Roma, ao meio-dia, do 12 de janeiro de 1996.  Nesse dia, monsenhor Louis Langevin, bispo de São jacinto, estava presente.

Grande festa diocesana
As irmãs de São José se rejubilam e convidam todos os diocesanos a partilharem a Ação de Graças por ocasião de uma celebração na Catedral de São Jacinto, no dia 19 de abril de 1996, dia do aniversário da morte da bem-amada fundadora, aquela que a gente nomeará a Venerável Elizabeth Bergeron.

A Missão de Elisabeth Bergeron continua
Ainda hoje, o dinamismo de Elisabeth é visível. Suas filhas espirituais atentas às necessidades do tempo, empreendem novas aventuras. Ajustam-se, dão à missão o sopro de Elisabeth Bergeron.
As pessoas associadas à Congregação se inspiram na sua espiritualidade e se engajam no seu seguimento. O Centro Elisabeth Bergeron manterá os laços com os numerosos amigos de Elisabeth.
Os visitantes que se fazem presentes no túmulo para rezar se multiplicam. O fervor se mantém ao redor da venerável Elisabeth Bergeron. Um museu que funciona desde junho de 1999 permite descobrir os traços materiais de sua passagem sobre a Terra e as obras de suas colaboradoras.
A pergunta “Elizabeth será canonizada logo?” Uma resposta nasce: “Se é a vontade de Deus, tudo será possível! Esperando, não deixem de solicitar com fervor o Deus dos pequenos e dos humildes."

A missão de Elizabeth não terminou. Ela continua!