O vigamento da existência humana

Tu não ignoraste José, a monotonia e a pena do trabalho cotidiano. Na tua profissão de carpinteiro, responder às necessidades e às exigências de teus fregueses que te encomendavam um berço, uma cama ou que empreendiam a construção de uma casa ou a restauração de ferramentas agrícolas não era um descanso. Tu colocavas teus talentos a serviço da coletividade e te fazias próximo de todo o povo da aldeia de Nazaré.

Mas quantas alegrias tu experimentaste, José, quando ensinaste a teu filho, Jesus, os segredos de tua profissão de artesão: profissão a meio caminho entre a arquitetura e o domínio da arte. Sem nenhuma dúvida, nas suas conversas cotidianas, Jesus partilhou contigo o essencial de Sua Missão: vir oferecer ao Mundo de todos os tempos e todas as culturas um novo “vigamento” de vida, ser para a humanidade e cada pessoa em particular, a estrutura sólida que permite uma existência de Felicidade. Certamente, ele te revelou também que Ele mesmo é o “Vigamento” de toda vida humana sem a qual não saberíamos viver em pé e verdadeiramente livres.

Não acolher Jesus no mais profundo de nosso ser, não é correr o risco de perder todo fundamento? Toda solidez interior?

Lise Berger, sjsh