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Elisabeth Bergeron, a bondade risonha

 

O sorriso de Elisabeth Bergeron nos revela a paz e a alegria que habitam em seu coração. Entretanto, é um longo caminho que a conduziu nesta inabalável serenidade.

Uma família pobre
Elisabeth nasceu a 25 de maio de 1851 no Grand Rang do povoado La Présentation situado perto de São Jacinto. É a quarta das onze crianças de Théophile Bergeron e Basiliste Petit. Seus pais sendo pobres, ela não pude estudar muito tempo.

Uma moça desembaraçada...
Entretanto, ela não falta de iniciativa. É assim que, com a idade de oito anos, ela decide ir ao catecismo e “fazer sua primeira comunhão” como seu irmão Otávio com onze anos de idade. Ela foge de casa, pleiteia sua causa junto ao vigário da paróquia e, finalmente, consegue convencer seu pai. Elisabeth ganhou o que desejava e comunga pela primeira vez, ao mesmo tempo que seu irmão mais velho.

que busca a vontade de Deus...
Aos quatorze anos, ela gostaria de ser irmã da Caridade de São Jacinto mas a superiora geral não a aceita por ser muito jovem.
Portanto ela acompanha seus pais que emigram para os Estados Unidos por motivo da crise econômica.

que já mostra suas cores.
A Brunswick e a Salem, Elisabeth se revela com talentos de catequista. À noite, após os longos dias de trabalho na fábrica de fiação, ela encontra tempo e entusiasmo para ensinar aos compatriotas também imigrantes, o essencial da fé católica.

O exílio termina
Em março de 1870, a família Bergeron volta ao país com alguma economia que lhe permite um pouco de segurança. Clarisse, irmã caçula de Elisabeth, torna-se uma excelente dona de casa. Elisabeth retoma seu sonho.

Tornar-se religiosa!
Com confiança, Elisabeth apresenta-se às Irmãs da Misericórdia, em seguida às Irmãs da Apresentação de Maria e enfim às Irmãs Adoradoras do Precioso Sangue; quanto mais tentativas, mais decepções.
Desanimada? Não, ela decide antes colocar-se totalmente nas mãos de Deus e eis que Aquele que já possuia seu coração vai chamá-la para realizar sua obra da qual ela não poderia presumir a amplitude.

A escolha de Monsenhor Louis-Zéphirin Moreau
A partir de algum tempo, o bispo de São Jacinto desolava-se diante da miserável situação das escolas dos povoados: professores muito pouco instruídos, muito pouco numerosos. Conhecendo Elisabeth Bergeron, ele a chamou e lhe confiou a fundação de uma comunidade de religiosas dedicadas ao ensino das crianças pobres dos povoados. Elisabeth surpreende-se logo: “Mas, eu não sou instruída suficientemente!”
O que nada inquieta o Senhor Bispo. Ele lembra a ignorância dos apóstolos que no entanto fundaram a Igreja.
Então Elisabeth aceita na fé e no abandono a vontade de Deus.

A fundadora
No 12 de setembro de 1877, Elisabeth Bergeron, juntamente com três colegas mais instruídas funda a Congregação das Irmãs de São José de São Jacinto. O povoado La Providence (atualmente anexado à cidade de São Jacinto) recebe-as numa escola abandonada.

Pobreza e alegria
A pobreza é extrema, mas a alegria é grande. A partir do dia 17 de setembro, a nova escola recebe oitenta alunos, meninos e meninas, os quais são repartidos entre as duas educadoras do grupo.
A função de Elisabeth no início da comunidade? Encorajar as crianças a instruir-se e falar-lhes do bom Deus como ela bem o faz. Ele se ocupa também dos trabalhos materiais a fim de aliviar as irmãs engajadas junto aos jovens.

Surpreendente nomeação
Nomeada de início superiora da comunidade nascente ela ocupa esta função somente dois anos. No segundo aniversário da fundação, Monsenhor Moreau a substitui por uma irmã mais instruída. Elisabeth aceita de bom coração. A partir deste dia, ela preenche a função de assistente ou conselheira geral até 1925.

Animadora da comunidade
Elisabeth coloca-se pelo exemplo de toda sua vida, a serviço dos outros. Ela foi também pela qualidade de presença às irmãs que sempre podiam contar com sua afeição e discreção. Também pela sabedoria e clarividência de suas intervenções junto às superioras.
Nem a aposentadoria, doença ou idade avançada a impediram de irradiar a paz, a alegria e ternura de Deus.

Uma santa acaba de morrer
Eis o rumor que ecoa nas ruas de São Jacinto, quarta-feira, 29 de abril de 1936. É um rumor bem fundamentado. Que pena!
Com a idade de oitenta e quatro anos e onze meses, nossa querida fundadora escolheu para seu passamento a festa de seu bem aventurado Patrono São José.
Os visitantes se sucedem a seu esquife, querendo vê-la, tocá-la.
Já pedem curas.
Para além da morte, Elisabeth ainda convida suas Filhas a fazerem-se próximas de todo ser humano. Onde quer que elas vivam, são felizes de serem educadoras junto aos pobres e desprovidos.

Uma grande árvore
Graças à generosidade de Elisabeth, o pequeno grão semeado na terra tornou-se uma árvore frondosa.
Os pobres são evangelizados e milhares de crianças de ambos os sexos são reunidos pelo apostolado das Irmãs de São José de São Jacinto que, hoje, se encontra em duas províncias do Canadá, em três países da Africa, assim como no Brasil e Haïti.

A “venerável” Elisabeth Bergeron
Em consequência ao julgamento da Congregação para a Causa dos Santos, que reconheceu as virtudes heróicas de Elisabeth Bergeron, em particular sua humildade, seu sentido de Igreja e sua submissão à vontade de Deus. Sua Santidade o Papa João Paulo II a declarou venerável a 12 de janeiro de 1996.

Os numerosos favores obtidos por sua intercessão, nos provam que ela continua olhando por nós e nos deixam pressentir que em breve, ela marcará com um milagre o poder de sua oração perto de Deus.


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